terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Essa coisa de crescer.

Acho que entendo agora o que queria dizer sobre a ansiedade dos vestibulandos. Eu sempre achei que estava muito longe dessa realidade, mas agora com o terceiro ano batendo á porta, estou a beira de ter um ataque de nervos. E isso está prejudicando seriamente o meu comportamento usual, imaginem vocês que me esqueci de comer durante um dia inteiro, porque simplesmente estava com a cara nos livros! Só percebi que estava de estômago vazio desde as sete da manhã quando minha mãe á noite perguntou o que eu havia comido durante o dia.
Nada. Eu me esqueci completamente de comer. E o pior é que não sentia fome, só aquela sensação horrível de frio na barriga, de ansiedade e nervosismo misturados. Um horror.
E com o fim das férias eu percebo que não queria que elas acabassem. Afinal, quem quer ?! Mas não pela volta as aulas em si, eu gostaria apenas de ter mais tempo. Mais tempo pra curtir minha adolescência sem neuras, mais tempo pra ir dormir as cinco da manhã e acordar ao meio dia, mais tempo pra fazer tudo, ou nada com os meus amigos, porque só tendo eles ao meu lado, as horas já valem a pena. Voltar para a escola singifica que agora é real, eu estou de fato no final do meu tempo de liberdade incondicional, e isso assusta, porque faz parecer que a hora de me tornar adulta está bem aqui, na minha cara. Pode parecer legal ser independente e ter o controle das minhas decisões, mas e as responsabilidades? Eu estou pronta pra arcar com elas, e sozinha? Sim, porque adultos nem sempre contam com os pais para ajudá-los e certamente eu também vou ter que enfrentar sem a ajuda dos meus, muitos obstáculos e dificuldades. Não é algo que me atraia.
De qualquer forma, acho que o que mais me incomoda nisso tudo é a saudade infinita que vou sentir dos meus amigos. Das suas expressões que eu já conheço, ou das que são um mistério pra mim. Dos seus risos e até das lágrimas que partilhamos, porque amigos estão juntos nos bons e maus momentos, e nós nos mativemos firmes, não foi GDT?
Não quero dizer adeus a eles, não quero imaginar meu futuro sem esses rostos que fazem parte de mim. Porque cada um é uma parte minha da qual me recuso a abrir mão. Eles são meus e eu sou deles, e somos todos eternos. Certo, A.?
Mas há um lado positivo nisso de vestibular e faculdade. Novas oportunidades. Novos amigos. Embora eu não queira novos amigos porque estou felicíssima e satisfeitíssima com os antigos, conhecer gente nova é bom e o orkut agradece.
De qualquer forma, segunda feira retorno a minha rotina de estudos. Não que um dia eu tenha realmente parado com ela (só transferi o horário), mas agora tudo volta a ser uma obrigação cansativa. Com o maravilhoso acréscimo de aulas aos sábados. E ainda sou simpática com os professores. Ao menos com minha amada professora de matemática (só aprendi logaritmo com ela) e meu querido professor de história (quem mais consegue fazer a Guerra dos Cem anos ficar divertida? Certo, E.?). Saudades de vocês, mestres.
Mas no final do ano, terei que me despedir e dessa vez será pra sempre. Terei que enfrentar a vida de frente. Terei que assumir responsabilidades que não tenho agora, e arcar com consequências sozinha.
Eu realmente não gosto nada dessa coisa de crescer.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Mudanças


Sabem, eu jamais fui adepta de escrever sobre a minha vida, afinal, pra quê eu iria querer me lembrar do passado? Se foi bom ou ruim, o que importa não é o futuro? Então manter um diário seria algo completamente ilógico, e logo, nada que eu sequer considerasse fazer.

Mas como já dizia a letra da música: Na vida tudo passa, não importa o que tu faça. Essa fase passou, e agora, vejam só, estou aqui, escrevendo num diário, ou numa página que me dou ao luxo de chamar de minha. Não vou começar com uma verdadeira obra literária, até porque, duvido que tenha a capacidade de escrever alguma, mas simplesmente vou deixar registrada a minha marca, a minha presença hoje, provando que as coisas mudaram, e provavelmente, vão continuar a se transformar, afinal, o ser humano é baseado em mudanças, em trocas de conceitos e reformulação de idéias, sempre alterando o modo de pensar e se posicionar diante da vida. Isso é bom e ruim. Bom porque nos torna flexíveis a novas teorias e abre um leque de opções para que escolhamos a que nos parece melhor, as alternativas estão ali, variadas e dispostas, é só escolher. Ruim porque com isso, muitos acabam trocando de conceitos, como trocam de roupas, ou namorados (as); dessa forma, é quase impossível saber no que realmente o ser que nunca se decide acredita. Mas então, nunca tomar uma postura, se torna de fato, uma postura.


Geralmente essas mudanças são ocasionadas pelas experiências que vivemos. Se alguém bebe muito e sofre um acidente de carro, vai culpar ao álcool e parar de encher a cara, e isso é uma mudança. Ou não. A pessoa pode simplesmente achar que a sorte estava ao seu lado e continuar a tomar todas por aí, só que agora ela vai se sentir segura cada vez que não rachar a cara numa árvore, e vai se arriscar mais, bebendo mais. E isso é também uma mudança.


Acho que estou mudando, afinal, estou aqui, expondo sobre os meus valores para você. Mas como tudo passa, logo mudarei novamente, e meus conceitos deixarão de serem os que são agora, não importa o que eu, ou qualquer um faça. Ou sequer se eu quero que eles mudem, isso simplesmente acontece. Porque a vida simplesmente acontece. O que realmente importa no final, é o que aproveitamos e que valores adiquirimos. E isso é eterno.